Mas afinal de quem é a responsabilidade pela gestão de talento numa organização?

People
Elsa Vila Lobos
Por Elsa Vila Lobos
3 min. de leitura

A resposta certa é: todos! Cada uma destas “partes” desempenha um papel crítico na gestão de talento numa organização, devendo a responsabilidade ser partilhada.

Quando a Gestão de Talento é encarada como um tema estratégico numa organização, todos assumem a sua parte de responsabilidade, como se fossem uma orquestra, na qual temos:

  • Maestro - os Recursos Humanos: assumem um papel de moderador e líder da orquestra - quem garante que os vários grupos de instrumentos, as várias equipas estão alinhadas em torno de um objetivo comum, na sonoridade, no tom e até na intensidade. É da responsabilidade desta equipa desenhar e implementar processos, políticas e práticas de gestão de talento, nomeadamente formação e desenvolvimento, avaliação e reconhecimento, etc. Contudo, o Maestro sem orquestra não conduz nenhuma música.

  • O primeiro violino - as lideranças intermédias: simbolizam a liderança do grupo de violinos, as diferentes equipas. Quem toca violino sabe que, muitas vezes, o movimento do arco dos violinos é um “guia” para os restantes instrumentos. Quando, por vezes, a regência do maestro não é suficiente, serve de orientação. É um papel que é permeável de ambos os lados: absorve a energia do maestro para a orquestra e vice-versa, num movimento bidirecional que não se vê, não se objetiva, mas está lá.

É nas lideranças intermédias que recai a responsabilidade de alinhar as necessidades de talento com os objetivos traçados, avaliar o desempenho, promover o desenvolvimento contínuo. Ou, quando falamos numa orquestra, é o "primeiro violino" que orienta os outros violinistas: é responsável pela afinação da orquestra, executa os solos de violino e dá suporte ao maestro, transmitindo as suas orientações aos músicos.

No entanto, se cada grupo de instrumentos tocar a sua melodia sem ter em consideração os restantes instrumentos, sem que haja uma batuta a indicar o ritmo e o compasso, bem como para dar instruções aos músicos sobre o volume, a dinâmica e outros aspetos da interpretação, não haverá harmonia.

  • Músicos - os colaboradores: necessitam de praticar, dedicar-se, trabalhar, mas precisam de ter acompanhamento e uma liderança a indicar o caminho para conseguirem maximizar o seu potencial. O talento por vezes não chega e há situações em que a persistência e acompanhamento o superam. Por outro lado, o talento sem desafio, sem aquela "provocação" que gera uma competitividade, até consigo próprio, saudável, pode esmorecer. A empresa deve criar condições e oportunidades para o desenvolvimento dos seus colaboradores. Um músico sem acompanhamento pode não conseguir chegar ao máximo do seu potencial. Contudo, cada colaborador também tem responsabilidade sobre a sua própria carreira, definindo objetivos e aproveitando os recursos disponíveis para se desenvolver. Se um colaborador não se priorizar, não tomar as rédeas e não assumir um compromisso de desenvolvimento consigo mesmo, a organização não fará esse trabalho por si. Não podemos esquecer que o músico vive sem orquestra, mas a orquestra não vive sem o músico.

É do trabalho em equipa, coordenação e comunicação entre os Recursos Humanos, liderança de topo, chefias intermédias e os próprios colaboradores que se constrói uma eficaz gestão de talento, ou se compararmos com uma orquestra, se pode criar algo belo e harmonioso: a música.

A gestão de talento é uma responsabilidade partilhada, que exige o compromisso da liderança de topo, a execução técnica dos Recursos Humanos, o envolvimento das chefias intermédias e a ownership dos colaboradores.

As Empresas que tratam a Gestão de Talento como uma prioridade estratégica, integrando-a em todos os níveis, têm maior capacidade de inovar, adaptar-se e crescer de forma sustentável.

Neste contexto de processos, energias e sinergias, o mais belo cenário é quando o todo sobressai às partes.

Artigo escrito por Elsa Vila Lobos e publicado em Human Resources

Sobre a Job&Talent

A Job&Talent é uma plataforma global de gestão de força de trabalho impulsionada por IA, voltada para indústrias essenciais. Ajudamos empresas a aumentar sua produtividade e eficiência em grande escala, enquanto oferecemos aos trabalhadores as oportunidades e ferramentas de que precisam para prosperar. Nossa missão é simples: capacitar as pessoas que fazem o mundo girar. Com base em um profundo conhecimento do setor, tecnologia de ponta e agentes inteligentes de IA, nossa plataforma de ponta a ponta cobre todo o ciclo de vida da força de trabalho — desde o recrutamento e planejamento até o controle de ponto, desempenho, gestão de custos e comunicação. Ela proporciona melhorias mensuráveis nas áreas mais importantes: cobertura de turnos, assiduidade, retenção e qualidade da força de trabalho. Em 2024, a Job&Talent colocou mais de 300.000 trabalhadores em mais de 3.250 empresas nos setores de logística, manufatura e varejo. Com sede em Madri, a empresa atua em 10 países da Europa, Estados Unidos e América Latina.

Conheça o autor deste post

Precisa de um parceiro de Recursos Humanos?

Como podemos ajudar?

TEMOS A CONFIANÇA DE CLIENTES LÍDERES NO SETOR E DIVERSAS DISTINÇÕES

Parece que estás a visitar-nos em United States
Acesse o site da United States